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Carne: vilã ou heroína?

Data 23/Outubro/2019 - 12:18:50h

Carne: vilã ou heroína? Carne: vilã ou heroína?

Mesmo com o aumento substancial do consumo mundial de carnes, sobretudo nos países do oriente, no Brasil os mitos sobre o consumo de proteína animal ganham contornos que beiram a irracionalidade.

Os nossos ancestrais, há cerca de 2 milhões de anos, ao incluir rotineiramente, o consumo de carnes em sua alimentação, passaram a obter uma nova dieta, plena de nutrientes densos, possibilitando o desenvolvimento do cérebro, o que não teria ocorrido com uma dieta apenas baseada em vegetais. Além disto, a humanidade, que sempre sobreviveu com uma dieta hipocalórica, garantiu o desenvolvimento muscular com a adição da carne.

Entretanto, a partir dos anos 70, a carne foi demonizada, sendo acusada pelos males causados ao coração, derrames cerebrais e doenças cardiovasculares de modo geral, sendo que isto nunca ficou demonstrado cientificamente e não existe nenhuma evidencia forte o bastante que comprove esta teoria.

Criou-se uma ideologia, apresentada de forma pseudocientífica, que convenceu uma parte da população, que a grande maioria dos problemas de saúde advinham do consumo de carne, e esta demonização da carne levou ao aumento do consumo de carboidratos que causa um surto de obesidade populacional.

Alguns alimentos de origem animal, antes visto como maléficos, começam a ser resgatados, sendo o caso mais espetacular o do OVO. De alimento maldito, tornou-se o queridinho dos nutricionistas e esportistas, e o consumo per capita brasileiro aumentou mais de 50 % nos últimos 7 anos.

Quando analisamos sob o contexto econômico, o Brasil, como terceiro produtor e maior exportador mundial de carnes, se beneficia com a geração de 10 milhões de empregos e com um valor bruto de produção que ultrapassa os R$ 200 bilhões. Nosso consumo de carne por habitante, estando por volta de 80 Kg, nos coloca no posto de sexto maior consumidor per capita do mundo, mas vale ressaltar que os preços de carnes no Brasil estão muito abaixo daqueles praticados nos países chamados desenvolvidos, e assim garantimos uma dieta rica em proteína a baixo custo, sobretudo para a população mais pobre.

O crescimento da produção mundial de carnes foi de 14,4% na última década, sendo que o Brasil participa com 19,8% das exportações mundiais de carnes bovinas, 35,3 % na carne de frango e 12,4 % na carne suína. Os países asiáticos têm representado o grande aumento de compras, que reflete o aumento per capita de consumo de carnes, e estas populações que baseavam sua dieta em cereais como o arroz e outros vegetais, têm conhecido a qualidade, o sabor e principalmente os benefícios que o consumo de proteína animal traz aos seres humanos.

Imagem: Google

Fonte: Resiliência Business